sábado, 14 de novembro de 2009

Um pingo de consideração

Sempre disse que o que falta às pessoas, em geral, é o bom senso. E isso, para mim, é a mais absoluta verdade: falta bom senso na hora de uma simples conversa, falta bom senso na tomada de decisão, falta bom senseo no ponto de ônibus, no restaurante, na fila do banco, no caixa, na loja, em todo lugar as pessoas teimam em não ter a mínima noção das consequencias que a titude dela pode vir a causar.

E é justamente essa noção que eu chamo de bom-senso.

Mas achei que esse fosse o mal mais grave que atingisse a população, na sua grande maioria. Mas me sei conta de que existe outro infotúnio que afeta as pessoas (não a maioria, e digo "ainda bem" por isso)... Dessa vez, o grande vilão é a falta de consideração.

Não há como dizer qual das faltas é mais grave quea outra e não estou aqui para mensurar isso. O que me preocupaé que ambas estejam tão presentes em nosso cotidiano, em momentos que jamais esperaríamos.

E acredito também que o problema se intensifique quando ocorre entre pessoas comuns a si mesmas, dentro da rede de relacionamento do próprio indivíduo que pratica a ação. Parece uma questão de gramática, mas na real é uma questão de humanidade (e digo humanidade no sentido de humanisto, de ser mais humano neste mundo).

Esse questionamento se levantou porque me senti muito afetada por um comentário que ouvi de alguém que não esperava dentro de uma situação que me deixou mais abobada - e revoltada - ainda. A questão se deu porque um churrasco de aniversário do primo do marido "coincidiu" com a missa de sétimo dia de uma pessoa próxima ao convívio da pessoa em questão.

Oh, dúvida cruel! Em qual dos dois ir???

Tudo piorou quando fui obrigada a ouvir (sim!, obrigada, porque se pudesse escolher entre ouvir e não ouvir, ficaria com a segunda opção... Mas eu não tive escolha!) que era "uma merda, puta que pariu, esse churrasco está marcado há meses!!!"...

E alguém poderia prever a morte da outra pessoa e agendar, então, a missa para o domingo, com antecedência, por favor?! Ou então, o que seria mais viável, seria perguntar a toooodos se cada um tem disponibilidade para uma reunião em prol da missa de sétimo dia de falecimento da Fulana de Tal, solicitando com urgência a confirmação de presença. Uma boa essa, não?

Ah, com todo carinho, vá para os quintos!
Conseguem visualizar onde está a falta de consideração? Ou sou só eu que sou maluca???

Por favor, amigos desse meu Brasil, vocês que entendem perfeitamente o português, entendam também que nenhum churrasco, nenhuma festinha, nenhuma reunião de trabalho é mais importante que o próprio ser humano! Claro que no caso de falecimentos, já não há mais o que fazer pela pessoa em si, mas há muito para se propor a fazer por aqueles que ficaram e que estão sofrendo com a situação, assim como há muito o que se agradecer por tudo o que a pessoa fez em vida!!

É só o que peço. Além de bom senso, é claro.

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