sexta-feira, 26 de novembro de 2010

GRITO DE PÔRCO - História de Matuto I

Óia, moça... Ocê fica sabendo que o que eu vô contá pra sinhóra tem muita importância. Mais ocê num pode contá prá ninguém, nem prá mãe do céu a sinhóra não pode abri a boca! Prusque se a sinhóra falá arguma coisa, vão sabê que fui eu que falei. O ruim é que é verdade, prusque se num fosse, óia que eu nem ligava, viu?!

É assim... Eu tava lá cuidado dos boi tudo, dando comida pros bezerro e tirando leite das vaca quando eu escuitei uns grito, sabe? Parecia inté quando nóis mata porco, que o bicho grita por demais. Mais num pensei que podia sê o que era. Parei de tirá leite das vaca e fiquei escuitando pra vê se tinha ôtro grito, mais num teve, não.

Foi um grito só, moça... Que nem quando nóis acerta o coração do porco na primêra facada, sabe? Ele grita uma veizinha só prá nunca mais... Aí quem grita é nóis de alegria depois que ele tá assado no fogão de lenha que nóis tem lá em casa.

E quando a moça quisé, passa lá em casa que nóis faiz um porco no fogão de lenha. Prometo prá dona moça que ele grita uma veiz só.

3 comentários:

  1. muito interessante o texto.
    nao sei sua intenção ao escreve-lo, perdoe-me a insensibilidade, mas so consegui desejar estar nesta historia.


    psiqueaguas.blogspot.com

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  2. Tenha um bom final de semana.Vai ter continuação? Bom vou esperar o proximo post.
    bjs

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  3. Oi Bia,
    Quero a continuação menina. Manda ver.
    Bjs

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