quinta-feira, 29 de abril de 2010

Ouro de tolo

Às vezes, a gente cisma. E cisma de não parar de cismar. Parece até mesmo que tem alguém nos instigando a procurar, a perguntar, a escutar o que não está sendo dito, mas que, no fundo, gostaríanos de ouvir.

E quem é que não tem essas loucuras momentâneas de sair por aí duvidando de tudo e de todos? Quem jamais pensou que o mundo é uma bolinha de gude azul no meio de um monte de outras bolinhas de gude que também têm vida? (porque haveria de não ter, não é mesmo?)

Quando tudo dá errado é que nos questionamos se o que estamos fazendo da nossa vida, se o caminho que estamos trilhando é verdadeiro ou falso. É quando sentimos que a perda é iminente que exigimos motivos para isso. Por que nunca se pergunta a razão de algo dar certo? Somos seres tão propensos a aceitar só o que é bom? Somos tão ingênuos a ponto de ficarmos felizes somente quando dá certo?

É por isso que sofremos tanto: porque não sabemos perder. Não, ninguém sabe aceitar de bom grado algo que saia do planejado e que dê resultados contrários ao esperado. Por que, então, não se aprende novos caminhos? Por que o erro é tachado como algo ruim e não como um aprendizado?

O poeta disse que "foi tão fácil conseguir / e agora eu me pergunto: e daí?" e ele se torna mais perfeito quando diz que existe uma porção de coisas grandes para serem conquistadas e que a gene não pode ficar parado. O pote do fim do arco-íris é só uma forma que um sábio encontrou de nos fazer procurar pelo arco-íris. Poucos são aqueles que entendem que a riqueza não está, de fato, no pote.

Um comentário:

  1. Olá Bia.
    Minha ideia é que a gente demora para aprender que não existe o verdadeiro ou falso, e sim pontos de vista diferentes. Quem pode dizer que a loucura do louco não é verdadeira? O maior problema então será, a partir daí, a quebra de nossos paradigmas: a tentativa da empatia. Empatia com o mundo. Impossível, utópica, porém muito necessária para que caiam por terra os preconceitos e possamos nos tornar pessoas melhores. Mas, para quem vive em Lindolândia, vai parecer sempre burrice procurar beleza na Feiolândia...
    Viva a zona erógena do nosso pseudoconforto psicológico, erguida sobre nosso castelinho de cartas. Ou seria castelo de Caras? Vai saber também, né?

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