quarta-feira, 17 de março de 2010

Coletivo

Tempo que escorre faz a cabeça girar, pensamento rodar todos os ângulos e lados; junto com ele, os zunidos perseguem a paz, o sossego. Desfaço-me em desmazelos a cada passo dado a frete; mas o futuro não parece esperar e pcaminha com pressa, a passos largos. Gilos e sapos barulhentos dançam e pulam na cinza selva - que não é cinza, mas se fez assim. Cores e sabores se anulam por entenderem que já não fazem mais sentido se misturados às pedras. pedras cinzas são quem compõem o cenário de agitação; mas não se enganem e não pensem que as pedras se agitam: não! Elas não se movem, não pelo fato de serem pedras, mas poque sabem que, lá na frente, serão esmagadas e esmiuçadas pelas ondas. Os sinais só mostram o quanto todos ainda procuram por algo: para a direita!, cuidado!, um buraco!, não pare!, só para apressados!, fim de linha. Quem saberá dizer para onde ir? Estrelas vermelhas cintilam e caminham incansáveis, acendendo-se e apagando-se, a si mesmas, em filas, umas atrás das outras. Os inteligentes ganham um lugar no mundo; os sagazes ganham os inteligentes e também um lugar na história; os espertos... esses são os que fazem a história acontecer.

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