terça-feira, 11 de agosto de 2009

Pobre de marré de si


Há algum tempo atrás, vi a notícia de que Sarney, o Exmo presidente do Senado, haveria dito que a imprensa o acusaria, que faria campanha contra sua pessoa, injustamente. Não entendi, sinceramente, o que ele estava querendo dizer... Fiquei pensando sobre a fama que a imprensa tem e continuei sem conseguir entender.

Oras, Presidente, já devias saber que aqui, no país o qual o senhor governa em parte, nada é justo. Ou não completamente. Esperava o quê da nossa imprensa? Silêncio, mediante tantas e tantas acusações feitas por colegas de trabalho, colegas de banca? Esperava que a nação ficasse muda mendiante as suspeitas de ações injustas?

Esperava justiça por revés da INjustiça?

Não, exmo. Nem mesmo o grande folósofo Sêneca poderia te salvar de calúnias e difamações. Silêncio, paciência e tempo, não é?! Palavras de Sêneca... Ok, mas porque justamente essas palavras?

Sobre o silêncio já falamos... Paciência é o que o senhor vai precisar para aturar todo esse falatório, além de ter que ter muita paciência para esperar que o Congresso decida pela sua saída e vote a seu favor. E o tempo, como já dizia seu grande colega de trabalho Sérgio Moraes, é o que precisa passar para que o povo esqueça das façanhas e que permita que sejam reeleitos. Lembra, Exmo Presidente?


“Estou me lixando para a opinião pública. Até porque parte da opinião pública não acredita no que vocês escrevem. Vocês batem, mas a gente se reelege.”

Essa é a nossa dura realidade, prezado Senhor; é nisso que nos respaldamos para falar o que falamos, para agir da forma com que agimos. É por exemplos como este que já a premissa de que todos são inocentes até que se prove o contrário não é mais válida em nossa sociedade.

Da mesma forma que a Justiça prende “preventivamente” todos os suspeitos e quando a inocência é comprovada não dão nenhum tipo de ressarcimento ao indivíduo, e se todos lutamos pela seriedade no tratamento igual entre os pares da sociedade, porque contigo seria diferente, Sr Sarney? Porque justa e somente contigo seria diferente?

Como representante do povo deveria exigir que fosse tratado como um deles, sem pompa, sem gala, sem privilégios. Como representante de uma nação inteira deveria pedir que fosse julgado como aqueles a quem representa, não acha?

Não, claro que não. Tem curso superior, é magistrado, tem influências, não pode ser igual aos outros, não é “povão’. E é por essas e outras, Exmo presidente José Sarney, que nós, seja imprensa seja população, como sociedade da nação brasileira, não damos créditos à sua palavra neste momento.

O pedido de “desculpas” não será feito, sinto muito.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Eba! Obrigada pela visita!