segunda-feira, 22 de junho de 2009

Entre a cruz e a espada... Entre o semáforo e a CET!!


São Paulo, todos bem sabem, é uma cidade caótica. Não é nenhuma novidade que, em termos estruturais, o trânsito é o fator que mais dificulta a vida dos paulistas, cariocas, gaúchos e todos os que por aqui passam.

Não é para menos, considerando que a capital aglomera quase 20 milhões de habitantes nos seus 1.500.000 Km2 de território, o que nos rende mais de 7mil habitantes por quilômetro quadrado! Em números, nos parece algo abstrato, difícil de calcular, mas basta andar nas ruas do Centro que a noção de quantidade nos chega rapido à mente...

Obviamente, essa lotação se estende às ruas e torna nossa vida um tanto quanto absurda. Apesar de tudo, a equação torna-se bem fácil de se lembrar: se uma rua trava aqui, a Marginal Tietê trava; se chove 10min alí, a Marginal Pinheiros trava; se é uma quinta-feira, véspera de feriado prolongado, a cidade pára.

Para nossa geração, todos talvez já tenham se acostumado e incorporado o tempo que se “deixa” nas ruas de São Paulo como parte do dia de trabalho, como parte das horas de estudo. Não há como prever, mas existem momentos que se tem plena certeza da realidade a ser encarada e são justamente nesses momentos que mais precisamos de uma via liberada...

Já não dá mais para calcular a “velocidade média” como sendo o tempo real de duração do percurso, pois tornou-se necessário somar a essa equação a variável do trânsito. E como todo bom brasileiro, existem mil palpites, mil idéias para resolver esse impasse:

- Aumentar o transporte coletivo de massa (metrô, trem,...);
- Ampliar as vias;
- Estimular as chamadas “caronas”;
- Criar ciclovias;
- Facilitar a compra de motos.

Eu fico pensando, hoje, se comprar um carro, em SP, é realmente um negócio rentável no âmbito do custo-benefício. Muitos de vocês podem me dizer que a questão do tempo é fundamental; mas aí eu pergunto: é fundamental para estimular a compra ou para desistir dela? Sim, pois ter um carro – e andar com ele – é um ponto contraditório e vejamos o porquê:

- Se temos um carro, podemos fazer diversas atividades com ele para economizar o tempo do ônibus, mas estamos sujeitos ao fator trânsito;
- Se não temos um carro, não temos também a comodidade de escolhermos a hora de sair de casa e o conforto do banco almofadado;
- Mas se temos o conforto do banco almofadado, também temos o stress do “anda-pára-anda-pára” e nem podemos “admirar” a paisagem...


Ou seja: estamos fadados a escolher entre a cruz e a espada: se correr, o bicho pega; mas se ficar... o bicho multa!

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