sexta-feira, 6 de agosto de 2010

AH... SE SESSE!


A gente às vezes inventa tanta coisa pensando em como seria se... E o SE, na realidade, não tem chance de acontecer, não enquanto ele se dirige a algo do passado, àquilo que já foi e que gostaríamos que tivesse sido diferente.

O SE, de fato, funciona, se jogarmos ele para o futuro, se considerarmos que ele traz uma nova possibilidade, que ele traz uma chance, um outro jeito de resolvermos o que precisa ser resolvido. Ele traz esperança quando vai pro futuro. Já notaram?

O SE pode também ser melancólico, mas depende de nós mudarmos a entonação que ele recebe. E quando ele tem uma entonação de esperança, ele soa muito mais, mas muito mais bonito mesmo. Quer uma prova?

Manda bala, Zé da Luz...


"Se um dia nós se gostasse
Se um dia nós se queresse
Se um dia nós se empareasse
Se juntim nós dois vivesse
Se juntim nós dois morasse
Se juntim nós dois drumisse
Se juntim nós dois morresse
Se pro céu nós assubisse
Mas porém se acontecesse
De São Pedro não abrisse
A porta do céu
E fosse de dizer qualquer tolice.

E se eu me arreliasse
E tu cum eu insistisse
Pra que eu me arresorvesse
E a minha faca puxasse
E o bucho do céu furasse
Tarvez que nós dois ficasse
Tarvez que nós dois caisse
E o céu furado arriasse
E as virge toda fugisse"



"Ah... se sesse!", Zé da Luz

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