Senado para quê?

Eu gostaria muito de entender sobre política. Talvez até se tivesse aulas sobre o assunto eu conseguiria discutir com mais facilidade com as pessoas e poder dar meu ponto de vista. Hoje não tenho cacife para falar sobre o tema, não tenho conhecimento de causa, muito menos argumento válido para dar.

Mas talvez não seja tão necessário assim. Talvez apenas o bom senso me dê base para dizer algumas palavrinhas. Sim, pois é tudo muito escancarado, ultimamente. Claro que não chega até nós metade dos fatos reais e por isso essa metade é uma parte transformada, transfigurada.

Talvez um olhar ético seja suficiente para entender que aquele caldeirão que chamam Senado está em brasa ardente de tanta falsidade, de tanta mentira e corrupção. Mas essa é a parte fácil de enxergar, não é mesmo?! Essa é aquela parte escancarada que falei há pouco...

O que não sabemos, o que não chega até nós é a vergonha na cara daqueles que se dizem governantes desse país. O que não nos é revelado é a cara de pau daqueles que batem a mão no peito e dizem que estudaram e ralaram muito para estarem ali, lutando pelo bem do povo e do país.

Pelo bem de quem?? Do povo? Que povo? Só se for o que ronda a casa de cada um, garimpando um emprego dentro da Casa. Todos os primos, sobrinhos, tios e a parentela que aparece (Deus sabe de onde!) para ser agraciado com um cargo de auxiliar disso, gestor daquilo e tem até vaga para chofer! Vejamos que esse povo é uma parcela bem restrita da sociedade... É a parcela “Família Sarney”.

Pelo bem do país, não é mesmo?! Do país. Deixe que eu me lembre... Qual país? Só se for o das Maravilhas. E durante muito tempo o filme foi outro: “Agaciel no país das Maravilhas”. Aí sim faz muito sentido. Pois, afinal, uma propriedade que vale R$ 5milhões deve realmente ser uma maravilha! Quem aqui não gostaria de ter uma casa que valesse metade?! Até eu que sou mais boba...

Mas senhores, peço desculpas, pois sou ignorante e não compreendo do assunto. Sou cega e não enxergo as coisas que acontecem nesse meu país; sou surda e não ouço as besteiras que são ditas todos os dias pelos senadores; sou muda, porque sou burra o suficiente para não ser capaz de avaliar um décimo dos absurdos que são cometidos pelos nossos grandes senadores.

Obrigada pelo espaço.