quinta-feira, 23 de julho de 2009

Ética nem sempre se faz sozinho...


“Ética é aquilo que se faz quando se está sozinho.”
Não, nem sempre. E temos um exemplo para provar que ética e profissionalismo também se faz em equipe. Inclusive na de futebol.

É isso mesmo: ainda há quem respeite companheiros e rivais, que compreenda que a justiça é um dos maiores atos de ética que se pode praticar. Em uma partida entre Ajax Amsterdã II e Cambuur Leeuwarden, na Holanda, em 2005, um jogador da equipe do Ajax sofreu uma contusão durante jogo. Afim de paralisar o jogo, o jogador Jan Vertonghen chuta a bola para o goleiro rival mas, involuntariamente, acerta exatamente o que não era seu alvo naquele momento: o gol.

Como o juiz ainda não havia determinado a paralisação do jogo para que o jogador contundido fosse atendido, o gol foi validado, somando-se 3 x 0 para o Ajax. O time, incluindo o autor do gol e o próprio técnico, perplexos, tomaram uma atitude inesperada e completamente plausível: quando a bola retornou à marca central na posse do Cambuur, ninguém do Ajax se mexeu, permitindo, assim que o adversário marcasse um gol, como que anulando o gol sofrido.

Para quem não admite uma derrota, uma vergonha, ficar parado seria um absurdo, uma insanidade. Mas insanidade mesmo é aproveitar-se de um momento para tomar a atitude a seu próprio favor. Mais vale a honra de ter vencido com merecimento do que a fama de ter sido espertinho.

Seria muito bom que todos os jogadores de futebol, volei, basquete, handbol, golf, amarelinha, que seja!, tivessem 1/3 da honra que a equipe do Ajax demonstrou naquela partida. Quem dera se o pensamento das pessoas, em geral, permitisse tal atitude, tal postura.

Fica o vídeo do fato para que todos pensem, repensem e revejam seus conceitos de “prêmio”, “vitória”, “merecimento”, “honra” e “justiça”.

Mais uma vez, “essa é pra pensar em casa”...

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